Muito se fala sobre a utilização da cloroquina ou hidroxicloroquina para pacientes com COVID-19. Temos vários protocolos espalhados em território nacional, colocando ela no começo, no meio ou no estágio final da doença. De forma empírica, a ciência tenta achar uma resposta frente a essa pandemia que tem levado vários pacientes a óbito.
Dito isso, vários foram os estudos realizados vinculados a descoberta de uma terapêutica eficiente contra esse quadro. Porém, os últimos estudos afirmam que a utilização desta droga é ineficaz contra a doença pandêmica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio de seu instagram, publicou, há dois dias, que a cloroquina não apresenta evidências robustas de cura contra COVID-19. O link pode ser acessado aqui.
Porém, hoje, dia 22 de maio, um estudo multinacional intitulado “Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis” traz novas evidências. Ele demonstra registros de 671 hospitais em seis continentes distintos, sendo utilizado para o estudo 96.032 pacientes. Este montante foi dividido em dois grupos, um (14.888) em tratamento e outro (81.144) como controle. O esquema pode ser visto logo abaixo.

Font: Article – The Lancet
O artigo conclui a pesquisa afirmando que o tratamento a base de hidroxicloroquina ou cloroquina, com ou sem macrolídeos (azitromicina), não produziu nenhuma evidência de benefício para o paciente. Em vez disso, este tratamento demonstrou-se estar associado ao aumento de risco de arritmias ventriculares e perigo de morte hospitalar por COVID-19.
Para mais informações veja o artigo e a página da OMS.
Cuide-se!